sábado passado fomos transmutados pela presença, palavras e pensamentos de Sonia Hirsch!!!
a mulher não faz cerimonia para desmanchar toda farsa do sistema de saúde (de doença) em que vivemos.
como jornalista e escritora, apaixonada pelo assunto - saúde, vida com qualidade, alegria - através da alimentação, com sua capacidade afinadissima de pensar, ela busca suas fontes mundo afora e nos apresenta o maravilhoso caminho para assumir com as próprias mãos as rédeas da vida saudável.
seu mais recente livro "candidíase a praga" nos surpreende ao revelar que candidíase é muito mais do que aquele sintoma chato que muitas mulheres sentem em suas vaginas, ela pode estar presentes em homens e mulheres, e afeta os sistemas: gastrointestinal, respiratório, endócrino, nervoso, muscular, imunológico; a pele, as unhas, o sangue...
candidíase é um fungo, e existem estudos sobre a conexão entre câncer e fungos, então não da pra bobear com esses fungos que se multiplicam de modo vertiginoso em nosso organismo; e a ação libertadora que a Sonia nos apresenta é ganhar autonomia e se livrar da candidíase comendo bem!!!
a saúde é altamente subversiva para nosso sistema que é sustentado pelas doenças, por isso estamos sempre estimulados a ficarmos e nos mantermos doentes.
com esses movimentos como o da Sonia, assim como o parto domiciliar, a desescolarização, entre outras evoluções, a gente "quebra" esse sistema anti-vida que vivemos, e construímos um modo de vida muito mais intenso e potencializador.
25.10.10
20.10.10
VIVA A DIFERENÇA!
a cena é essa:
as crianças estão em uma festa brincando e o pai ouve sua filha chorando, ele prontamente vai ao socorro da filha e tenta entender o que a faz chorar; magoadissima ela explica: "a gente tava brincando de pega-pega e aquela menina só fica tentando me pegar!" o pai não consegue escutar realmente o que a filha está dizendo porque está comovido por ver sua filha magoada, então sua reação é dizer para filha ir la e dizer para a outra menina "eu não gostei do que você fez!!!" a menina toma coragem, pede que o pai a acompanhe e grita o seu recado; ela fica meio confusa sem saber se aquilo gerou algo na "inimiga", e gruda no pai pois não tem clima para voltar a brincar imediatamente.
vi essa cena enumeras vezes, entre irmãos, amigos, colegas de escola, e muitas vezes com um adulto interferindo dessa mesma maneira.
depois me peguei fazendo essa mesma cena para resolver uma briga entre as minhas filhas, e comecei a desconfiar que com esse tipo de atitude, nós adultos ensinamos a criança a responsabilizar o outro pelos seus sentimentos, e apesar de não ser uma pratica fácil, todo mundo sabe que o único responsável pelos próprios sentimentos é aquele que os sentem.
em tempos de politicamente correto, ao invés de dizer para a criança "apanhou do amigo? bate de volta!", hoje a criança escuta: "não gostou do que o amigo fez? vai la e diz pra ele que não gostou!"
a criança se frustra com a atitude da outra criança porque elas pensam, sentem e agem de modo diferente!
porém é na diferença que a gente cresce; a igualdade acomoda.
enfrentar as diferenças tem sido uma pratica em desuso, porem são as diferenças que mexem na nossa zona de conforto liberando nosso desenvolvimento.
estamos sendo estimulados a nos unir aos iguais e evitar os que pensam, agem e sentem de modo diferente do nosso, e quando esse confronto é inevitável, nos sentimos incomodados e nossa primeira reação é querer desqualificar o "diferente", e assim vamos perpetuando nossos limites.
na escola as crianças se dividem em turmas onde o pré-requisito para participar do grupinho é "ser igual", e a escola acha isso normal e não investe em dinâmicas para que as crianças desde sempre enfrentem, aprendam e cresçam com as diferenças, não é uma questão de tolerar a diferença, mas aprender na diferença.
assim como os pais quando vem seus filhos em dificuldades tentam resolver desperdiçando a oportunidade da criança entrar em contato com seus sentimentos e entender (sem intelectualismos) que o que ela sente está nas mãos dela e não depende do outro.
claro que o outro pode tomar conhecimento dos nossos sentimentos, e o porque sentimos aquilo, mas o desenvolvimento é justamente entrar em contato com nossas dificuldades e aprender mais sobre nós mesmos, nossos sentimentos, nossas necessidades não atendidas, e supera-las construindo novos horizontes.
fiquei torcendo para que minhas filhas tivessem algum tipo de desentendimento e me chamassem para ajudar, para então experimentar outra atitude.
não demorou muito e ouço as duas chorando:
eu: o que aconteceu?
a mais velha (4anos): eu tava brincando com a boneca e ela pegou falando que a filha é dela!
a mais nova (2anos): ela me bateu! (bateu porque a irmã já aprendeu a revidar sua frustração no outro)
eu: as duas estão tristes?
mais velha: pede pra ela me devolver a boneca!
eu: perguntei se você está triste!
ela: estou!
eu: por que?
ela: porque eu quero brincar!
eu para a mais nova: e você está triste porque?
ela: porque eu quero brincar!
silencio
a mais velha: você quer ser a tia da minha boneca e me ajudar a cuidar dela?
a pequena: sim!
e foram brincar juntas!
as crianças estão em uma festa brincando e o pai ouve sua filha chorando, ele prontamente vai ao socorro da filha e tenta entender o que a faz chorar; magoadissima ela explica: "a gente tava brincando de pega-pega e aquela menina só fica tentando me pegar!" o pai não consegue escutar realmente o que a filha está dizendo porque está comovido por ver sua filha magoada, então sua reação é dizer para filha ir la e dizer para a outra menina "eu não gostei do que você fez!!!" a menina toma coragem, pede que o pai a acompanhe e grita o seu recado; ela fica meio confusa sem saber se aquilo gerou algo na "inimiga", e gruda no pai pois não tem clima para voltar a brincar imediatamente.
vi essa cena enumeras vezes, entre irmãos, amigos, colegas de escola, e muitas vezes com um adulto interferindo dessa mesma maneira.
depois me peguei fazendo essa mesma cena para resolver uma briga entre as minhas filhas, e comecei a desconfiar que com esse tipo de atitude, nós adultos ensinamos a criança a responsabilizar o outro pelos seus sentimentos, e apesar de não ser uma pratica fácil, todo mundo sabe que o único responsável pelos próprios sentimentos é aquele que os sentem.
em tempos de politicamente correto, ao invés de dizer para a criança "apanhou do amigo? bate de volta!", hoje a criança escuta: "não gostou do que o amigo fez? vai la e diz pra ele que não gostou!"
a criança se frustra com a atitude da outra criança porque elas pensam, sentem e agem de modo diferente!
porém é na diferença que a gente cresce; a igualdade acomoda.
enfrentar as diferenças tem sido uma pratica em desuso, porem são as diferenças que mexem na nossa zona de conforto liberando nosso desenvolvimento.
estamos sendo estimulados a nos unir aos iguais e evitar os que pensam, agem e sentem de modo diferente do nosso, e quando esse confronto é inevitável, nos sentimos incomodados e nossa primeira reação é querer desqualificar o "diferente", e assim vamos perpetuando nossos limites.
na escola as crianças se dividem em turmas onde o pré-requisito para participar do grupinho é "ser igual", e a escola acha isso normal e não investe em dinâmicas para que as crianças desde sempre enfrentem, aprendam e cresçam com as diferenças, não é uma questão de tolerar a diferença, mas aprender na diferença.
assim como os pais quando vem seus filhos em dificuldades tentam resolver desperdiçando a oportunidade da criança entrar em contato com seus sentimentos e entender (sem intelectualismos) que o que ela sente está nas mãos dela e não depende do outro.
claro que o outro pode tomar conhecimento dos nossos sentimentos, e o porque sentimos aquilo, mas o desenvolvimento é justamente entrar em contato com nossas dificuldades e aprender mais sobre nós mesmos, nossos sentimentos, nossas necessidades não atendidas, e supera-las construindo novos horizontes.
fiquei torcendo para que minhas filhas tivessem algum tipo de desentendimento e me chamassem para ajudar, para então experimentar outra atitude.
não demorou muito e ouço as duas chorando:
eu: o que aconteceu?
a mais velha (4anos): eu tava brincando com a boneca e ela pegou falando que a filha é dela!
a mais nova (2anos): ela me bateu! (bateu porque a irmã já aprendeu a revidar sua frustração no outro)
eu: as duas estão tristes?
mais velha: pede pra ela me devolver a boneca!
eu: perguntei se você está triste!
ela: estou!
eu: por que?
ela: porque eu quero brincar!
eu para a mais nova: e você está triste porque?
ela: porque eu quero brincar!
silencio
a mais velha: você quer ser a tia da minha boneca e me ajudar a cuidar dela?
a pequena: sim!
e foram brincar juntas!
13.10.10
ENSINAR NÃO TEM NADA A VER COM APRENDER!
tenho visitado muitas pré-escolas com ideias de incrementar e até de mudar praticas de nosso sistema educacional.
escolas que eliminaram as salas de aulas; outras que querem uma educação "mais livre"; escolas baseadas nos pensamentos de rudolf steiner; de maria montessouri; outras baseadas no construtivismo; em paulo freire; outras que enfatizam o brincar ao invés do estudar; porém todas, aos meus olhos, apresentaram o mesmo problema primordial; são escola dirigidas e protagonizadas por pedagogos.
arrisco em dizer que a culpa do fracasso de todas as mudanças em escolas que se dizem alternativas, caem nas costas do pedagogo, na verdade em geral, da pedagoga.
os pedagogos (as) querem ensinar, porem o que as crianças aprendem não é resultado do que lhes é ensinado, e qualquer mãe/pai, sabe disso!
as crianças aprendem por condições próprias que podem ser potencializadas com atividades, recursos e ambientes que lhes são apresentados.
quando uma criança percebe que é autora de suas descobertas, suas motivações, interesses, autonomia, e auto-confiança chegam a níveis elevadíssimos.
porem, isso é difícil para um pedagogo engolir, afinal de contas ele está ali presente, depois de ter estudado muito, construir suas certezas; e sendo geralmente um ser bastante carente que precisa de reconhecimento constante sobre sua inteligencia e sua dedicação ao trabalho tão pouco valorizado em termos financeiros (não tão pouco assim em certas escolas particulares), como em termos sociais.
eu já presenciei diversas vezes uma mesma cena da pré-escola a universidade.
o aluno, no meio da aula, cria uma sinapse e diz: acho que entendi como isso funciona!!! acho que é "assim" e "assado", não é!!!!
e o professor, em um tom quase intolerante com a audácia do aluno querer acreditar que descobriu algo por conta própria diz: mas é isso que eu tenho falado nesses últimos 6 meses!!! seu idiota (essa parte ele diz implicitamente).
assim é, depois de passar pela faculdade de pedagogia o professor não consegue ver um aluno aprender sem creditar a ele todos os méritos.
porque isso é tudo que lhe resta para manter um mínimo de dignidade em uma escolarização que trai o potencial das crianças.
lição importantíssima não ensinada na faculdade de pedagogia:
"é importante para pedagogia , não ser prisioneira de demasiada certeza, mas ao invés disso, estar consciente tanto da relatividade de seus poderes quanto das dificuldades de se traduzir suas ideias em pratica, Piaget já nos alertou que os erros e males da pedagogia vem da falta de equilíbrio entre os dados científicos e sua aplicação social". l.malaguzzi
outros ensinamentos que faltam a pedagogia:
é necessário reconhecer o protagonismo das crianças e a necessidade de manter a curiosidade e desejo de exploração inata a toda criança.
é importante reconhecer o limite profissional do professor que deverá estar sempre pronto a aprender com as crianças, e de jamais ter certezas demasiadas.
a desescolarização deveria ser matéria obrigatória para os pedagogos!!!
escolas que eliminaram as salas de aulas; outras que querem uma educação "mais livre"; escolas baseadas nos pensamentos de rudolf steiner; de maria montessouri; outras baseadas no construtivismo; em paulo freire; outras que enfatizam o brincar ao invés do estudar; porém todas, aos meus olhos, apresentaram o mesmo problema primordial; são escola dirigidas e protagonizadas por pedagogos.
arrisco em dizer que a culpa do fracasso de todas as mudanças em escolas que se dizem alternativas, caem nas costas do pedagogo, na verdade em geral, da pedagoga.
os pedagogos (as) querem ensinar, porem o que as crianças aprendem não é resultado do que lhes é ensinado, e qualquer mãe/pai, sabe disso!
as crianças aprendem por condições próprias que podem ser potencializadas com atividades, recursos e ambientes que lhes são apresentados.
quando uma criança percebe que é autora de suas descobertas, suas motivações, interesses, autonomia, e auto-confiança chegam a níveis elevadíssimos.
porem, isso é difícil para um pedagogo engolir, afinal de contas ele está ali presente, depois de ter estudado muito, construir suas certezas; e sendo geralmente um ser bastante carente que precisa de reconhecimento constante sobre sua inteligencia e sua dedicação ao trabalho tão pouco valorizado em termos financeiros (não tão pouco assim em certas escolas particulares), como em termos sociais.
eu já presenciei diversas vezes uma mesma cena da pré-escola a universidade.
o aluno, no meio da aula, cria uma sinapse e diz: acho que entendi como isso funciona!!! acho que é "assim" e "assado", não é!!!!
e o professor, em um tom quase intolerante com a audácia do aluno querer acreditar que descobriu algo por conta própria diz: mas é isso que eu tenho falado nesses últimos 6 meses!!! seu idiota (essa parte ele diz implicitamente).
assim é, depois de passar pela faculdade de pedagogia o professor não consegue ver um aluno aprender sem creditar a ele todos os méritos.
porque isso é tudo que lhe resta para manter um mínimo de dignidade em uma escolarização que trai o potencial das crianças.
lição importantíssima não ensinada na faculdade de pedagogia:
"é importante para pedagogia , não ser prisioneira de demasiada certeza, mas ao invés disso, estar consciente tanto da relatividade de seus poderes quanto das dificuldades de se traduzir suas ideias em pratica, Piaget já nos alertou que os erros e males da pedagogia vem da falta de equilíbrio entre os dados científicos e sua aplicação social". l.malaguzzi
outros ensinamentos que faltam a pedagogia:
é necessário reconhecer o protagonismo das crianças e a necessidade de manter a curiosidade e desejo de exploração inata a toda criança.
é importante reconhecer o limite profissional do professor que deverá estar sempre pronto a aprender com as crianças, e de jamais ter certezas demasiadas.
a desescolarização deveria ser matéria obrigatória para os pedagogos!!!
6.10.10
SONIA HIRSCH, VENHA!
nosso Re-Criando deste mes será uma oficina com SONIA HIRSCH.
jornalista, escritora, musa inspiradora da saude, bem estar, boa alimentação...
autora de muitos livros como: DEIXA SAIR; SEM AÇUCAR COM AFETO, DIDÓ, MAMÃE EU QUERO, MEDITANDO NA COZINHA, entre muitos outros livros que nos desperta um desejo de comer deliciosamente bem!
será uma grande alegria compartilhar essa oficina com todos amigos queridos.
venham!!!!
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