em uma tribo de Camarões, chamada Meyo-Ntem, um homem ocidental está conversando com uma mulher da tribo enquanto ela pila sua farinha, nas redondezas o filho dessa mulher, de 5 anos, brinca no chão. O homem avista outra criança da tribo vizinha, também de 5 anos, se aproximando dirigindo uma linda miniatura de trator feito em casa, elaboradissima. O homem prevê encrenca, pois com certeza o menino, filho de sua amiga, vai querer andar no trator e os adultos terão que administrar a disputa. Mas para surpresa total do homem o que acontece é inesperado.
Depois das crianças se cumprimentarem eles desmontam todo o trator e analisam todas as peças cuidadosamente. Juntos pegam o machado vão para a floresta e logo voltam com bambus e começam a construir um novo trator e a remontar o original porem com algumas mudanças incorporadas pela conversa das crianças.
No final do dia os dois meninos estão cada um com seu trator brincando juntos, e certamente em poucas semanas serão remontados com a participação de outras crianças.
Enquanto isso a mãe da criança pergunta ao homem porque ele estava tão apreensivo com o encontro das duas crianças?
Ele explica:
"De onde eu venho quando uma criança tem um brinquedo e a outra não, os pais ensinam seu filho a dividir o brinquedo para que cada um brinque um pouco, ou senão guarda-se o brinquedo e nenhum dos dois brincam, e de um jeito ou outro isso sempre acaba com duas crianças insatisfeitas e muito choro."
E a mulher pergunta:
"De onde vem tal ensinamento? Por acaso os adultos fazem a mesma coisa com seus pertences? Dividem com outros adultos e esperam a sua vez para usar seu carro, por exemplo?"
"Claro que não", ele responde!
A mulher insiste:
"Então como isso pode ser um ensinamento dos pais, se fica claro que é pura hipocrisia?"
Esse é parte do texto chamado " Natural Parenting and the Wisdom of the Rainforest" que é parte do diario de anotações reais do antropologo Joseph Sheppherd, B.A., M.Phil. (Cantab)
28.1.10
27.1.10
SHANTALA E BANHO DE BALDE
por volta das 15hs, na sequência das experiências artísticas, enquanto as crianças dão continuidade em seus projetos sem limite de tempo, ou param para tomar um lanche, os bebês receberão a massagem shantala de seus pais, seguido de um aconchegante banho de balde.
A shantala é algo que podemos fazer diariamente em nossos filhos e geralmente acontece em um ambiente tranquilo e silencioso, mas nesse dia vamos experimentar a força da coletividade, pois teremos vários bebês sendo massageados ao mesmo tempo e isso sem duvida potencializa nosso ato.
O balde, velho conhecido de muitos bebês, é o complemento perfeito pós massagem, teremos agua quente e um ambiente propicio para o banho.
Se quiserem saber mais sobre as shantaladas que já fizemos aqui no nosso espaço, procure nos posts anteriores aqui nesse blog.
Não é preciso nenhuma experiência anterior, e todo bebê a partir de um mês está apto para a shantala, e para o banho de balde não tem restrição de idade pois ele pode ser utilizado desde o dia do nascimento.
Para as crianças maiores, tragam baldes grandes ou elas podem entrar na brincadeira do banho de esguicho.
Para shantala trazer: um pano para sentarem em cima, oleo vegetal para massagem, toalha e balde.
Tem um video que a gente gravou para o programa de T.V. como eu não sei colocar o video aqui (por ignorancia mesmo) ele pode ser visto em um post do linda blog materna japão da Rosana Oshiro.
A shantala é algo que podemos fazer diariamente em nossos filhos e geralmente acontece em um ambiente tranquilo e silencioso, mas nesse dia vamos experimentar a força da coletividade, pois teremos vários bebês sendo massageados ao mesmo tempo e isso sem duvida potencializa nosso ato.
O balde, velho conhecido de muitos bebês, é o complemento perfeito pós massagem, teremos agua quente e um ambiente propicio para o banho.
Se quiserem saber mais sobre as shantaladas que já fizemos aqui no nosso espaço, procure nos posts anteriores aqui nesse blog.
Não é preciso nenhuma experiência anterior, e todo bebê a partir de um mês está apto para a shantala, e para o banho de balde não tem restrição de idade pois ele pode ser utilizado desde o dia do nascimento.
Para as crianças maiores, tragam baldes grandes ou elas podem entrar na brincadeira do banho de esguicho.
Para shantala trazer: um pano para sentarem em cima, oleo vegetal para massagem, toalha e balde.
Tem um video que a gente gravou para o programa de T.V. como eu não sei colocar o video aqui (por ignorancia mesmo) ele pode ser visto em um post do linda blog materna japão da Rosana Oshiro.
26.1.10
ARTES PLASTICAS




as crianças não devem ser preparadas para um tipo defino de vida, e sim receber o maximo de possibilidades para seu desenvolvimento nas mais diversas valencias de seu ser.
Exercitando a capacidade de estar sempre presente, aprendendo a lidar com o inedito da vida, aprendendo a aprender.
As crianças adquirem isso em uma oficina de artes que privilegia o processo em si, pois a execução é a parte mais viva do trabalho.
Vamos criar um espaço estimulante e desafiador, com a total disponibilidade para que cada um mova-se livremente, com opções de escolha de material, sem controle do tempo, e muita oportunidade de experimentar e liberarmos essa energia maravilhosa que tem as crianças!!!
Nossa querida Daniela Elias, que é educadora, artista plastica e mãe, irá coordenar nossa vivencia.
Teremos estimulos para os bebês, para as crianças de todas as idades, adolescente e adultos. Um programa para toda familia!!!
Domingo, dia 31 de janeiro - as 14hs
rua Muniz de Sousa, 517
Aclimação
duvidas, me escreva: anathomaz@terra.com.br
22.1.10
ENCONTRO COM AS CRIANÇAS, OBA!!!
é com grande alegria que anunciamos e convidamos a todos para participarem do nosso próximo encontro!
Esse ano teremos diversas atividades diarias para familias com bebês, crianças de todas as idades e pessoas interessadas em conhecer nossa maneira de pensar e agir a educação.
No dia 31 de janeiro – domingo – vamos fazer um encontro para experienciar algumas das nossas atividade!!!
Faremos uma pequena maratona com atividade de artes plasticas, shantala, banho de balde, oficina de brinquedos e jogos corporais.
A programação será assim:
14hs - pintar, recortar, colar, se melecar!
15hs shantalada e banho de balde!
16hs oficina de brinquedos!
17hs jogos corporais!
Todas as atividades são para crianças de todas as idades inclusive bebês.
Para a shantala e banho de balde trazer: balde, oleo para massagem, toalha. Não é preciso ter experiencia anterior.
As atividades são gratuitas!
Trazer algo para um lanche coletivo, coisas que não precisam cozinhar!!!
Por favor confirmem a presença pelo e-mail - anathomaz@terra.com.br
Será no nosso espaço na Aclimação.
Rua Muniz de Sousa, 517 (rua do parque da Aclimação)
tel. 3399 4257
Todos são muito bem vindos!!!
até lá!!!
Esse ano teremos diversas atividades diarias para familias com bebês, crianças de todas as idades e pessoas interessadas em conhecer nossa maneira de pensar e agir a educação.
No dia 31 de janeiro – domingo – vamos fazer um encontro para experienciar algumas das nossas atividade!!!
Faremos uma pequena maratona com atividade de artes plasticas, shantala, banho de balde, oficina de brinquedos e jogos corporais.
A programação será assim:
14hs - pintar, recortar, colar, se melecar!
15hs shantalada e banho de balde!
16hs oficina de brinquedos!
17hs jogos corporais!
Todas as atividades são para crianças de todas as idades inclusive bebês.
Para a shantala e banho de balde trazer: balde, oleo para massagem, toalha. Não é preciso ter experiencia anterior.
As atividades são gratuitas!
Trazer algo para um lanche coletivo, coisas que não precisam cozinhar!!!
Por favor confirmem a presença pelo e-mail - anathomaz@terra.com.br
Será no nosso espaço na Aclimação.
Rua Muniz de Sousa, 517 (rua do parque da Aclimação)
tel. 3399 4257
Todos são muito bem vindos!!!
até lá!!!
21.1.10
CADE MEU CORPO?

aonde a escola entra como vilã do corpo?
Quando a criança inicia o ensino fundamental, atualmente aos 6 anos, ela se senti muito importante sentada em sua carteira escolar. Nesses primeiros dias provavelmente vamos encontrar todas as crianças sentadas na ponta da cadeira, desprezando o encosto da mesma, pois elas estão sustentadas por suas colunas, que funcionam lindamente, e na expectativa de aprenderem coisas interessantes e importantes.
Mas para algumas crianças o tempo de manter-se sentadas e atentas torna-se longo e cansativo, mas como não podem levantar para irem ao pateo correr um pouco, resta ao corpo o encosto da cadeira para se ausentar daquele momento.
Até o quarto ano, todas as crianças ja estarão desmontadas nas cadeiras escolares, com a sensação de que aprender é chato, e as unicas coisas legais da escola são a chegada, o recreio e principalmente a saída.
A esse corpo damos o nome de colapsado, ele começa a ter dificuldades de sustentar-se por conta propria. Origem de muitos problemas posturais que nos acompanham vida afora. Ali começa a desconexão que torna o corpo cansado, descoordenado, sem flexibilidade, com dificuldades de manter-se ativo, com propensão a dores nas costas...
Um corpo muito distante daquilo que ele poderia ser.
E será que da para mudar isso no sistema escolar atual?
Uma vez, trabalhando com professoras de uma pre-escola, pedi que observassem os corpos de seus alunos. Uma professora observou que um menino de 5 anos colapsava na cadeira toda vez que ele tinha que sentar para fazer os exercicios de preparação para o ensino fundamental. Atenta a isso ela convidou o aluno para levantar e ajuda-la em outras tarefas, como distribuir a lição para os outros alunos. Ele levantou feliz da vida e cumpriu muito bem sua função de ajudante, porem em um certo momento ele teve que voltar para sua cadeira para iniciar seu dever. E ele voltou a colapsar.
Então a professora, com dor no coração e na consciencia pensou:
paciencia, não posso fazer mais nada, ele ja tem 5 anos e tem que fazer sua tarefa.
20.1.10
DESDE O INICIO!
nossa origem corporal iniciou-se com o encontro do espermatozoide e o óvulo, que transformou-se em uma única célula, o zigoto, que continha informações genéticas. Essa célula entra em processo progressivo de divisão, dando origem a um ser multicelular que inicia uma organização de sistemas super complexo.
Esse foi o inicio de todos nós, e o curioso é que, se olharmos o embrião, não vamos ver o formato do ser humano, não veremos uma miniatura de gente, isso quer dizer que os pais não produziram o corpo de seus filhos, o bebê se auto cria a partir das informações do DNA.
Isso pode ser chamado de autopoiese, a capacidade de criar-se a si mesmo. E esse é o processo desde o inicio até o fim de nossa vida corporal, estamos sempre nos (re)criando!
Seguindo o desenvolvimento fetal, em um parto natural, quando o bebê está pronto para nascer, ele libera um hormonio e ativa o corpo da mãe para entrar em trabalho de parto, assim, o corpo entra em trabalho de parto antes da mãe ter consciência disso.
Então o bebê inicia sua viagem para fora do corpo da mãe, sai com a cabeça primeiro e na sequência o corpo segue a direção e o movimento da cabeça.
O bebê nasce e encontra um novo ambiente e seus sentidos entram em ação de forma mais intensa do que no útero.
Ele ouve e reconhece a voz da mãe, cheira e deseja o leite, busca com a boca o seio, e pela primeira vez ativa a visão.
Todas as portas dos sentidos estão localizados na cabeça, alem da pele.
Esses sentidos (visão, olfato, paladar e audição) dão movimento a cabeça, que no caso do bebê é um cabeção, e essa é mais uma perfeição da natureza, pois é justo esse enorme peso no topo do corpo que vai estimular a formação da coluna, iniciando pela firmeza do pescoço, até sua organização completa que permite o movimento de andar e se sustentar na vertical.
Escrevi tudo isso para ilustrar como nos desenvolvemos de forma complexa, refinada e com autonomia.
Esse processo não para nunca, pois estamos nos transformando celularmente por toda vida.
Sendo assim, nenhum processo de aprendizagem pode deixar o corpo de fora, ou melhor, nenhum processo de aprendizagem ou desenvolvimento em qualquer fase da vida pode ser verdadeiramente feito sem um corpo ativo e presente.
E o que faz a escola?
Separa o corpo do processo de aprendizagem. Considera a necessidade de movimento e ação um problema e não um recurso da criança.
Esse foi o inicio de todos nós, e o curioso é que, se olharmos o embrião, não vamos ver o formato do ser humano, não veremos uma miniatura de gente, isso quer dizer que os pais não produziram o corpo de seus filhos, o bebê se auto cria a partir das informações do DNA.
Isso pode ser chamado de autopoiese, a capacidade de criar-se a si mesmo. E esse é o processo desde o inicio até o fim de nossa vida corporal, estamos sempre nos (re)criando!
Seguindo o desenvolvimento fetal, em um parto natural, quando o bebê está pronto para nascer, ele libera um hormonio e ativa o corpo da mãe para entrar em trabalho de parto, assim, o corpo entra em trabalho de parto antes da mãe ter consciência disso.
Então o bebê inicia sua viagem para fora do corpo da mãe, sai com a cabeça primeiro e na sequência o corpo segue a direção e o movimento da cabeça.
O bebê nasce e encontra um novo ambiente e seus sentidos entram em ação de forma mais intensa do que no útero.
Ele ouve e reconhece a voz da mãe, cheira e deseja o leite, busca com a boca o seio, e pela primeira vez ativa a visão.
Todas as portas dos sentidos estão localizados na cabeça, alem da pele.
Esses sentidos (visão, olfato, paladar e audição) dão movimento a cabeça, que no caso do bebê é um cabeção, e essa é mais uma perfeição da natureza, pois é justo esse enorme peso no topo do corpo que vai estimular a formação da coluna, iniciando pela firmeza do pescoço, até sua organização completa que permite o movimento de andar e se sustentar na vertical.
Escrevi tudo isso para ilustrar como nos desenvolvemos de forma complexa, refinada e com autonomia.
Esse processo não para nunca, pois estamos nos transformando celularmente por toda vida.
Sendo assim, nenhum processo de aprendizagem pode deixar o corpo de fora, ou melhor, nenhum processo de aprendizagem ou desenvolvimento em qualquer fase da vida pode ser verdadeiramente feito sem um corpo ativo e presente.
E o que faz a escola?
Separa o corpo do processo de aprendizagem. Considera a necessidade de movimento e ação um problema e não um recurso da criança.
19.1.10
O CORPO NA ESCOLA
sabe onde mais me incomoda a ação nociva da escola? No desinvestimento do corpo. E o que é o corpo?
Um simples olhar sobre o corpo humano nos revela uma maravilhosa engenharia produzida pela natureza. Quanto mais estudamos mais nos deparamos com a complexidade do universo, singular, infinito que somos nós. Felizmente todas as funções vitais funcionam sem a necessidade do nosso conhecimento consciente. Se a vida dependesse de nossa consciência, há muito tempo ela já teria desaparecido.
Os bebes nascem sabendo mamar, respirar, chorar, evacuar, assim como as aranhas nascem sabendo tecer sua teia sem ter aprendido.
Os corpos dos seres vivos pensam independentes da consciência.
Como disse Nietzsche: “espantamo-nos diante da consciência, mas o que surpreende, é acima de tudo o corpo.
Todo organismo pensa, todas as formações orgânicas participam do pensamento, do sentir, do querer, e que, em conseqüência, o cérebro é apenas um enorme aparelho de concentração. Faz-se ainda necessário perceber que esse pensamento corporal, inconsciente, com sua gama de operações delicadas – julgar, imaginar, criar valores – é muito mais aperfeiçoado e sutil que o pensamento consciente associado ao eu e ao intelecto”. Nietzsche: Fragmentos.
Então o que foi que aconteceu entre a nossa primeira infância, quando vivíamos com um corpo pensante, e a nossa vida adulta onde vivemos com uma mente consciente que tenta domar um corpo rebelde, que teima em doer, ficar rígido, e frustrar as realizações de nossas ambições idealizadas por nosso intelecto?
Resposta: Abandonamos nossos corpos nas carteiras escolares!!!
continuo amanhã...
Um simples olhar sobre o corpo humano nos revela uma maravilhosa engenharia produzida pela natureza. Quanto mais estudamos mais nos deparamos com a complexidade do universo, singular, infinito que somos nós. Felizmente todas as funções vitais funcionam sem a necessidade do nosso conhecimento consciente. Se a vida dependesse de nossa consciência, há muito tempo ela já teria desaparecido.
Os bebes nascem sabendo mamar, respirar, chorar, evacuar, assim como as aranhas nascem sabendo tecer sua teia sem ter aprendido.
Os corpos dos seres vivos pensam independentes da consciência.
Como disse Nietzsche: “espantamo-nos diante da consciência, mas o que surpreende, é acima de tudo o corpo.
Todo organismo pensa, todas as formações orgânicas participam do pensamento, do sentir, do querer, e que, em conseqüência, o cérebro é apenas um enorme aparelho de concentração. Faz-se ainda necessário perceber que esse pensamento corporal, inconsciente, com sua gama de operações delicadas – julgar, imaginar, criar valores – é muito mais aperfeiçoado e sutil que o pensamento consciente associado ao eu e ao intelecto”. Nietzsche: Fragmentos.
Então o que foi que aconteceu entre a nossa primeira infância, quando vivíamos com um corpo pensante, e a nossa vida adulta onde vivemos com uma mente consciente que tenta domar um corpo rebelde, que teima em doer, ficar rígido, e frustrar as realizações de nossas ambições idealizadas por nosso intelecto?
Resposta: Abandonamos nossos corpos nas carteiras escolares!!!
continuo amanhã...
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