21.7.10

A PLENITUDE DA MULHER

existem livros maravilhosos e inspiradores que incentivam as mulheres abraçarem a maternidade ativa, dando prioridade aos cuidados do(s) filho(s) com evidencias do bem que essa decisão fará a ele(s).

mas não é só o filho que ganha quando uma mãe resolve dedicar-se a maternidade.

a mulher, quando aproveita essa oportunidade singular, também tem muito a ganhar.

já na gravidez, onde a mulher vive uma revolução hormonal, a potencializa ção de seus sentidos, seu auge orgânico, energético e espiritual.

passa pelo o parto, e de novo, se a mulher está preparada para essa vivência, ela vai passar por uma indescritível revolução corporal/anímica/emocional, vai entrar em contato consigo mesma sem intermediarios, vai romper seus limites, vai testar sua fé na vida, vai sentir a morte, para logo sentir a vida em sua presença máxima.

enfim inicia-se a maternidade, assunto principal deste post, que tem o desejo de dizer que a mulher pode encontrar nessa experiência uma verdadeira oportunidade de reconquistar uma vida plena.

as vezes me faço a pergunta: qual será a coisa mais importante para o desenvolvimento do ser humano?
há alguns anos a resposta que me surge é: o autoconhecimento.

os bebês tem a capacidade incrível de nos apresentar a nós mesmos, escancarando nossas condições psíquicas através das nossas reações provocadas pelo convívio tão intenso com esses pequenos seres.
muitas vezes nem nos reconhecemos, mas não há duvidas, somos nós mesmas, sem mascaras, sem controle social.
somos obrigadas a quebrar paradigmas, a repensar o que é importante na vida.

qualquer uma poderia pensar racionalmente que no auge da carreira profissional não há duvidas que nossa vida deve continuar em pleno desenvolvimento e para o bebê podemos selecionar uma babá bem qualificada.
mas porque sentimos dor nessa decisão? no fim da curta licença maternidade é muito dolorido despedir do bebê com 4 meses, ou 6 meses para as mais sortudas e sair para o trabalho.
parece que algo em nós não aceita esse desvio da natureza.
porque é um desvio da natureza.
parimos e somos biologicamente preparadas para cuidar de nosso filhote, mas culturalmente nos convencemos que essa é uma tarefa retrograda, sem charme, sem reconhecimento social, pouco produtiva e sem retorno financeiro.

porem, quando nos damos a oportunidade para ficar ao lado do bebê, algo em nós sente que aquilo faz sentido, apesar da opinião publica querer nos convencer a sentir diferente.

como não estamos preparadas socialmente para nos dedicarmos a criação de nossos filhos, no máximo, chegamos a nos dedicar aos cuidados do(s) filho(s).

o que precisamos entender é que esta é uma oportunidade maravilhosa para o desenvolvimento, inclusive profissional, da mulher.

porque entramos mais em contato com nós mesmas, afinamos nossas percepções, sentidos e intuição.
estamos mais atentas aos outros, mais criativas, mais intensas e sem duvida nenhuma, mais bonitas.

participar ativamente da criação de nossos filhos exige um estado de presença constante, criar ambientes favoráveis para as crianças, ser criativa na cozinha, ter bom humor e paciência, e viver em estado de graça pela admiração por qualquer novidade e gracinha que a prole vive aprontando.

tudo isso nos acrescenta tanto que não é raro que a mulher encontre ou crie uma nova profissão, pois é tanta criatividade sendo exercitada e ao mesmo tempo o desejo de estar ao lado dos filhos, que surgem novas promissoras profissões, além de tudo, lucrativa.

depois de três anos, que é o tempo que mais precisamos estar ao lado de nossos filhos, já estamos super desenvolvidas e capazes de inventar pelo menos uma meia dúzia de projetos.

o incrível é que filho que é cuidado tete-a-tete pela mãe, vai ficando independente muito cedo, a cada ano que passa demanda menos atenção, mas a mãe que não quer perder sua fonte de inspiração mantem o corpo-a-corpo mesmo que a meia distancia pelos primeiros sete anos.

quando a gente se da conta o filho já está dormindo sozinho, criando suas próprias brincadeiras, viajando sem a gente, pensando por conta própria...

e a gente fica ali, satisfeita de deixar o filho experimentar o mundo com suas próprias pernas, não fica a sensação de tempo que voou e a gente nem viu, porque estando ali presente a gente viu tudo acontecendo, de camarote.
filhos adolescentes criados e educados pelas mães quebram o estigma de fase complicada da vida.
nesse momento a mãe já está tão livre que não precisa nem se preocupar em se reposicionar no mercado de trabalho, pois a essa altura ela já criou seu próprio mercado independente e criativo.

o que pode ser mais importante para uma mulher do que viver plenamente a maternidade???!!!

mesmo porque é na maternidade que ela pode ampliar sua capacidade afetiva, sua criatividade e estar em permanente contato com a fonte da vida.

5 comentários:

Rosana Oshiro disse...

ai que texto delicioso e completo!
bem como eu penso hoje e como me sinto na maternidade: completa!

beijo

Mariana Tezini disse...

ana, posso colocar no meu blog profissional, com os devidos créditos?
Mari

Meggie disse...

Oi Ana. Me indique alguns nomes dos livros que você diz no texto... Fiquei interessada! AMEI seu texto hoje! Bjs
Amanda Campina
mandimesquita@yahoo.com.br
(sua ex-aluno no Celia Helena)

Ana Thomaz disse...

oi Mariana, fica a vontade!
beijo

Ana Thomaz disse...

oi Amanda,
na verdade não pensei em nenhum livro especifico quando escrevi o texto.
me diz o que voce está procurando para eu te indicar mais precisamente.
beijo
pode me escrever pelo e-mail
anathomaz@terra.com.br