as vezes não nos damos conta de nossas cumplicidades, mas não da para negar a responsabilidade.
Em algum momento começaram a surgir os planos de saúde, onde em troca de uma mensalidade fixa o contratante tem o direito de fazer exames, consultas, internações, procedimentos médicos, etc, e isso tornou-se algo indispensável e entrou para o orçamento fixo da família brasileira.
Por sua vez o plano de saúde combina com médicos, hospitais, laboratórios credenciados um valor a ser pago por serviços prestados aos seus conveniados.
Em uma fase onde o medo e a doença estão em alta, esse se torna um grande negocio para o planos que trabalham com a fragilidade das pessoas, e para os médicos que apesar de receberem menos, tem mais pacientes, pois já que se paga há que usar.
Não vou nem falar que assim como seguros em geral, quando se compra é fácil, mas quando precisa usar nem sempre é tão simples; precisa pedir autorização, o atendimento é desfavorecido, e as vezes a necessidade do conveniado é negada.
Desta vez o que me chama atenção é o poder que tem-se dado ao plano de saúde, que no meu ponto de vista é um intermediario que mais atrapalha do que ajuda.
Vamos ao caso que me fez querer escrever sobre esse assunto:
Uma clínica muito conceituada, dirigida por um médico muito generoso, atencioso e competente, há anos atrás "cai" no conto do plano de saúde e credencia sua clínica que passa a receber cada vez mais pacientes desse plano.
Todos contentes, médicos com muitos pacientes e pacientes com bons médicos a um valor embutido em mensalidade já paga.
Tempos depois, o plano de saúde resolve mudar a regra do jogo e comunica a essa clínica que irá diminuir o valor pago aos médicos pelas consultas de seus usuários.
A clinica, indignada, não aceita, pois fica inviável trabalhar dignamente com essa proposta, então plano de saúde do alto de seu poder, que foi lhe foi concedido, não da outra saída, ou a clínica aceita os novos valores ou será descredenciada.
Porem 95% dos pacientes desta clínica hoje são deste plano de saúde.
Se descredenciar, a clínica encerra suas atividades, se aceitar a baixo valor, ela opera no prejuízo. Médicos e pacientes saem perdendo, e plano de saúde só interessado no seu lucro.
Quem foi mesmo que deu poder aos planos de saúde? assim como a todos os intermediarios que aceitamos, achando estar fazendo um otimo negocio?
Sim, somos cúmplices!
Infelizmente essas armadilhas e falsas ilusões não estão só nos planos de saúde, ouso acreditar que todo intermediario que é pago para fazer aquilo que não nos dispomos a fazer cobra um preço alto, o do exercício do poder e seu dependente.
Basta um tanto de coragem, confiança e bons aliados para deixar de ser cúmplice desses tristes exercícios.
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