15.5.10

PRIMEIRO A IGNORANCIA, DEPOIS A MEDIOCRIDADE...

dizem que a ignorância é santa, pois quando não sabemos das possibilidades não sofremos, como o ditado que diz "o que os olhos não vêem o coração não sente".

acho que não é bem assim, pois mesmo quando não sabemos de outras possibilidades, em algum lugar sentimos que as coisas poderiam ser diferentes, e então começamos a pesquisar, correr atrás de algo que nem sabemos bem o que é e se não encontramos nada que nos satisfaça, e o desejo continua ganhando consistencia a gente acaba inventando, criando seja la o que for necessário para concretizarmos aquilo que sentimos.

porque nossa natureza tem desejos, independente do que sabemos.

porem quando nos afastamos muito de nossa natureza, ela reclama, incomoda, se inquieta; o problema é que vivemos em um sistema que nos oferece anestesia para essa sensação de incomodo, e nos estufa com distrações, compensações, ameaças...

então surge o outro lado, surge a mediocridade.
sentimos curiosidade, um desejo de conquistas e logo temos muitas desculpas para não nos movermos em direção as mudanças, e nos sentimos apoiados por muitos na nossa covardia, nos nossos medos, que são muito compreendidos, apoiados e até estimulados.
assim surge a reação burra em relação as possíveis mudanças e aceitamos a mediocridade, a medianidade, a media, a norma, o normal.

triste, muito triste, pois a vida faz um pacto com o medo, com o conhencido, mesmo que esse conhecido seja detestável, porque para essa situação já existe um lugar pronto, o da vitima, e assim nos tornamos "vitima" de um mundo muito duro de se viver, mas na realidade somos cúmplices desse tipo de vida, construimos esse tipo de vida.

e não tem ignorancia que nos anestesie disso, pois em algum lugar, em algum momento a gente reconhece nossa mediocridade, que dói, que ressente, que pesa, que desperdiça a vida, que joga fora uma potente possibilidade de viver, como são todas as vidas.

abaixo a ignorância, a mediocridade, o medo, a covardia, as recompensas, a vida triste.

viva a audácia, a coragem, a transformação, o inédito, o atrevimento, o desejo real que sem duvida existe em todos nós.

Um comentário:

Tamara disse...

Ana, estas falando do fundo do meu coração.....

um abraço, Tamara