por um lado temos a natureza agindo, produzindo calor, que como uma faxineira caprichosa, limpa o corpo queimando vírus, bactérias, excessos, que liberam o corpo de tudo aquilo que o impede de se desenvolver plenamente.
São três dias de batalha, onde a criança bem hidratada e com boas condições de saúde enfrenta dignamente entre delírios e muita introspecção, seu corpo aquecido entre 37º e 41º!!!
Um adulto tranquilo, sensível e confiante, pode ser uma boa companhia.
Claramente percebe-se a criança batalhando, transmutando, conquistando um novo lugar, uma nova expressão, um mundo-próprio, apresentando seu temperamento.
Ao vencer a batalha la está ela, alegre pela vitoria, fortalecida por suas conquistas, confiante em sua expressão, o corpo mais longelineo, mais magro e mais alto.
Deixa de ser bebê e torna-se criança!
Do outro lado temos a industria que mais fatura no mundo, empurrando seus remédios goela abaixo, gerando na população medo das reações de sua própria natureza, enfraquecendo e adoecendo seus consumidores para poder vender mais.
A qualquer custo, sem ética nem estética, vale informação equivocada, ameaça, sedução, mentira e mais mentira, para atrair o consumidor, que uma vez conquistado, vira adicto, e assim a industria farmaceutica mantém sua liderança mundial de faturamento.
E aquela criança que merecia sua bendita febre?!
Acabei de ver minha caçula passar por isso.
Como já vivi isso algumas outras vezes com os filhos mais velhos, então nos dias de hoje não sinto nem mais aperto no coração de ver filho delirando aos 40º. É só alegria. Fico ali, ao lado, assistindo a força da natureza atuando e esperando o final do espetaculo para aplaudir e também fortalecer minha confiança no corpo.
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2 comentários:
Ai Ana, só vc mesmo!
Olha, posso dizer que encaro febre com uma certa tranquilidade, não medico, controlo apenas com banho e homeopatia, mas que é difícil, ainda é...
Talvez pela pressão da família, que não entende como eu posso ficar sem medicar e ficar com ela no colo "plugada" o tempo todo, talvez por ser inexperiente...
Mas um dia eu chego lá!
Bjão!
Ana, que delicia de texto.
Eu passei por isso.
Primeiro filho, febre do nada, oscilando de 38,5 a 40.
Marido esbaforido tentando me convencer a levar para o PS em pleno 31/12 no horário da São Silvestre.
E eu, calma, dando peito, carinho, banho e água para hidratar.
Chamaram-me de louca e irresponsável.
No primeiro sono do meu pequeno ainda fecbril fui ao oráculo (google), site de homeopatia - febre - imprime e dá pro marido.
Ele lê, me olha, levanta a sobrancelha e diz - OK! entendi a mensagem e estou do seu lado.
Foram 2 dias e no final do segundo meu pequeno acorda, sorri e sai da cama rindo e pulando e eu agradecida por ter podido ficar ao lado dele, respeitando seu corpo e aprendendo cada vez mais o quanto a natureza é maravilhosa e que nós devemos ser sempre expectadores conscientes e deixa-la agir.
Beijos
Eva do Pedro
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