14.4.10

UMA QUESTÃO DE EQUILIBRIO!

posts atrás vim com o tema equilíbrio, e no anterior, como o desequilíbrio nos leva a interiorização dos problemas, sugerindo que um movimento interessante seria investir em nosso equilíbrio corporal.

esclarecendo que equilíbrio é um movimento dinâmico e não uma posição certa e fixa, que é uma questão singular e não universal, que o equilíbrio já está no corpo e que o caminho é parar de impedir que esse equilíbrio dinâmico aconteça.

como já coloquei anteriormente um dos fatores de desequilíbrio é a super valorização da capacidade racional e a desqualificação do corpo como algo vivo, criador e gerador de vida.

a escola cumpre bem essa função, estimulando o exercício racional e entulhando corpos atrás de carteiras.

a partir desse corpo distorcido, nossa percepção do mundo também fica distorcida criando assim o senso comum, que é uma maneira de retratar a condição desequilibrada de uma sociedade, assim também como o bom senso, que é o resultado da percepção fragmentada e limitada que temos da vida.

o corpo equilibrado, a vida equilibrada é aquela que cria, que se cria, que é capaz de ver em cada relação o problema essencial para seu desenvolvimento e deleite da vida.

um bebê recem nascido acorda no meio da noite em seu berço e chora, sua mãe prontamente vai atende-lo, mas leva um tempo real de deslocamento, preparação para amamentar e enquanto isso o bebê continua chorando ferozmente, assim que encosta a boca no seio, para imediatamente e se entrega ao prazer do saciamento, como se nada houvesse acontecido.
essa situação se repete todas as noites.
ele aprende e se desenvolve com a situação, pois em pouco tempo ele já para de chorar assim que vê sua mãe e espera o tempo necessário para poder mamar, e com mais tempo ele chega a chamar a mãe, sem nem precisar usar o recurso do choro.

porem se a mãe prefere treinar o bebê a parar de mamar durante a noite e o bebê é abandonado em seu choro até cansar, ele desisti por resignação, entra em colapso e desequilíbrio; não vai morrer por isso, mas começa a criar seu estado de ressentimento, acreditando ser ele o criador do problema ou sua vitima.

o convite ao desequilíbrio está por toda parte, em casa, na escola, na rua, em nosso modo de vida, em nossos corpos.

acho um passo essencial perceber o meio em que estamos inseridos e que não estamos presos a ele, simplesmente somos cúmplices e ajudamos a sustentar e proliferar esse modo desequilibrado de viver, mas o equilíbrio insiste e persiste, ele ainda está aqui, dentro de nós, louco para ser liberado!!!

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