da para dizer que o foco principal da educação ativa é a não diretividade.
os alunos não são direcionados para a aprendizagem.
e de onde vem tanta confiança no desenvolvimento da criança que não é preciso obriga-la a (a)prender?
Margarita fez a analogia com a experiência do grão de feijão, que colocamos na terra e só precisamos manter o ambiente propicio para ele (luz do sol e agua na medida certa).
ficamos assistindo e vemos o grão desenvolver suas raízes, seu tronco e folhas, tornando uma planta, que por si só acontece.
assim é a natureza, e nós também somos natureza, então também nos auto-desenvolvemos.
para ser um pouco mais cientifico temos a ajuda do biólogo Humberto Maturana com o conceito de autopoise, que significa a capacidade dos seres vivos produzirem de modo continuo a si próprios.
alias o livro "a árvore do conhecimento" de Humberto Maturana e Francisco Varela nos oferece através das bases biológicas, um modo inspirador de compreender a vida.
isso quer dizer que o ser vivo é autónomo, e compreender a autonomia do ser vivo é o fio condutor desse modo de pensar.
no embrião encontramos vontade de desenvolvimento, possibilitamos um ambiente adequado e logo ele se torna feto, a vontade continua e surge o bebê, que vemos dia a dia desenvolver suas capacidades psico-física, emocional, cognitiva, motora, sem nenhum direcionamento, e assim surge a criança.
uma criança no ambiente propicio vai aprender a ler, escrever, fazer contas, analisar, sintetizar, sentir, intuir, propor, arriscar, porem sem os prejuízos da escola formal, que tolhe, constrange, desqualifica, requalifica, ameaça, premia, cria dependência, desequilíbrio emocional, fobias, segregação, investe na falsa igualdade, na falsa socialização...e por ai a fora.
não vejo nada que a educação formal tenha de positivo que não esteja contemplado na educação ativa,
porque vemos resistência nessa mudança radical e necessaria?
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