é muito comum eu escutar que esse processo de mudança de paradigma é algo elitista
algo possível somente para quem tem condições sócio/economica/cultural privilegiada
eu afirmo que a mudança de paradigma é para todos
o paradigma que estamos vivendo é anti-vida
todos nós temos o mesmo direito inato com a mesma condição biológica/emocional/anímica de viver a favor da vida
talvez nem todos estejam com a possibilidade de iniciar esse processo agora, independente de seu status
isso não impede aos que sentem essa possibilidade, de iniciar seu processo de transmutação agora, porque certamente esse movimento irá ressoar e favorecer a todos
do mesmo modo que quando alguém fica doente o outro não ajudará em nada adoecendo junto
o que estiver sadio precisa dar conta do cultivo diário da vida, criando um ambiente saudável que irá favorecer muito aquele que está doente
ou alguém que tenha o dom de ser músico poderá sentir-se pleno ao tocar seu instrumento, mas ao olhar para o lado vai encontrar muitas pessoas sem o mesmo dom que não poderão sentir aquela mesma plenitude
esse músico não ajudará em nada os não-músicos por sentir culpa de viver sua plenitude
o músico precisa seguir seu caminho, seu desenvolvimento no cultivo diário de seu dom e isso irá contagiar todo um ambiente repleto de não-músicos
quem sente o buraco, o incomodo, a dor de viver em um paradigma anti-vida, precisa construir o cotidiano a favor da vida, cultivar a vida viva, desinvestir o modo anti-vida que está sustentando, transmutando o modo de pensar, sentir e agir a vida
certamente todos irão se beneficiar
ninguém se salva sozinho!
3 comentários:
Maravilhoso abrir meu email e encontrar uma postagem sua!!!!
São compressas para minha alma ainda febril!!
Gratidão!
Beijos!!!
Que visão generosa, Ana!
Concordo que ninguém pode ser feliz sozinho.
Você dá cursos no Rio da técnica Alexander?
Um abraço
Veronica
Querida Ana, temos acompanhado seus movimentos e relatos. Sempre te admirando e alimentando a saudade de você. As coisas aqui pelo Acre estão num fluxo inesperado e você faz parte dos processos que estão ocorrendo por aqui. Aqui fica bem claro que a classe social e econômica é tão menos relevante no processo de transmutação. A floresta tem sido uma força sublime em nosso processo de conexão com a Mãe Terra. A floresta tem agrupado pessoas fluidas e disponíveis para a quebra e construção de um novo paradigma de autonomia e de incondicionalidade. Um encontro de pessoas que nasceram e vivem na mata e de outras que se fascinaram pelos encantos e pela força da mata. E daí tem surgido um fluxo coletivo e vivo de transformações pessoais.
Grande beijo!
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