sabemos que paradigma quer dizer "padrão", "modelo a ser seguido"
até então tenho usado o termo "mudança de paradigma" ou "quebra de paradigma" como porta de entrada dos nossos encontros onde experienciamos um deslocamento interno e percebemos um outro modo de pensar, sentir e agir as relações
sem duvida, em meus processos, vivo quebrando paradigmas
mas a quebradeira já não é necessária
depois de experienciar a possibilidade de viver sem padrão, sem modelo a ser seguido, sem referencias, chegou o momento de desinvestir o paradigma, onde não é mais preciso quebrar nada, porque não é necessário trocar um paradigma por outro
além do mais, esse termo já foi totalmente absorvido pelo discurso dentro do "velho paradigma", onde se fala sobre isso em contradição da ação que continua seguindo o mesmo padrão
esse padrão se mantém quando não se chega a raiz das crenças que o sustenta
tirar o filho da escola e seguir com as mesmas crenças, é manter o mesmo padrão, seguir o mesmo modelo, porque a escola continua em nós, continuamos com as mesmas crenças de que a criança precisa ser ensinada para aprender algo, de que é necessário estimulo para a criança se desenvolver...ou cria-se um "novo paradigma" onde o padrão será, "a criança precisa ficar livre, fazer o que quiser, não ser atrapalhada"
e assim continuamos distantes da criança, onde sempre colocamos algo entre o adulto e a criança, um padrão, um velho ou um novo paradigma
e continuamos distantes de nós mesmos, sem reconhecer nossos processos de auto criação constante em relação (autopoieses)
sair da instituição não garante nenhuma transmutação, pois a instituição já está dentro de nós, então nos tornamos autônomos e seguimos nos relacionando como instituição, planejando, buscando garantias, medindo resultados, organizando nossos conhecimentos em gráficos e power point
e mais uma vez continuamos distantes de nós mesmos, sem reconhecer nossos processos de auto criação constante em relação (autopoieses)...
não se transmuta somente com praticas, pois as ferramentas não garantem nada
é preciso ir além das ferramentas, das praticas, das palavras, dos conceitos, do conhecimento
chegar nas crenças, na crença raiz, testemunhar sua liberação e observar a mudança na emoção, na possibilidade de agir de outro modo, é um processo possível quando estamos dispostos a reconhecer que arriscar é inerente a vida
precisamos ganhar gosto pelo risco, pelo inédito que a presença nos apresenta
o fluxo da vida não é controlável, não dá garantias
não se entra no fluxo da vida através do planejamento, do controle, do conhecimento
nem controlando o controle
é necessário entregar-se
estar preparado para essa entrega
onde a criação se apresenta
onde nos criamos em relação
para que a criação aconteça é preciso desinvestir a intenção, o controle
mudar de paradigma não nos coloca em criação
ter ferramentas poderosas na liberação de fluxos, como a técnica alexander, a comunicação não violenta, o thetahealing, eft, hoponopono, taketina, meditações...que sem duvida são ferramentas preciosas para aprendermos a nos entregar e confiar na potencia da vida
porém nenhuma dessas técnicas garantem nada, pois é possível reduzir essas técnica aos condicionamentos, e nos tornarmos simples funcionários dessas técnicas, enquanto o fluxo da vida segue estagnado
e cada vez que mudamos de paradigma, trocando um padrão por outro, continuamos desqualificando a vida, sua potência e sua incondicionalidade
já caminhamos bastante no processo da humanidade, já nos encontramos com a possibilidade de viver em fluxo, podemos parar de criar novos paradigmas ou sustentar os velhos paradigmas
estamos prontos para isso
podemos nos render
nos entregarmos a vida
sem duvida, um grande risco
10.12.15
30.11.15
ACAMPAMENTO AMALAYA - JANEIRO 2016!
dos dias 12 a 17 de janeiro teremos nosso acampamento com vivências que nos despertem para incondicionalidade
convívio; praticas que nos convidam a meditação; transformações no nosso modo de pensar, sentir e agir as relações; e muitos processos que criaremos juntos
são todos muito bem-vindos, sem restrição de idade e sem pré requisitos
oferecemos uma área para acampamento
é necessário levar barraca
cozinharemos juntos!
nós cuidaremos dos ingredientes para alimentação
teremos todos os custos abertos e expostos para que cada um possa fazer sua contribuição financeira dos gastos e para construção e manutenção do Amalaya - Piracaia
inscrições e mais informações - anavidaativa@gmail.com
24.11.15
FLUXOS!
o que não flui, estagna
estagnação gera escassez
estamos condicionados a praticar a escassez, pois assim continuamos a sustentar esse modo anti-vida de existir
nosso olhar já está treinado a enxergar a escassez ao invés da abundância, mesmo quando olhamos para a natureza abundante, o que vemos é a falta
essa sensação de falta que aprendemos a ter desde criança, gerado pela hierarquia e pelo sistema capitalista, nos faz acreditar que devemos economizar para ter
esse condicionamento da escassez nos faz acreditar, por exemplo, que economizar agua é uma solução, mas a agua é fluxo, é abundante; a questão real é a estagnação da agua, pois ela está suja e contaminada, e quem a sujou e a contaminou foi o nosso modo anti-vida de existir
o que precisamos é cuidar da agua, deixar de suja-la e contamina-la, e reverter o estrago feito, transmutando nosso modo de vida
e deixar a agua fluir em sua abundância!
o mesmo acontece com o dinheiro
aprendemos que devemos economizar para não faltar
dinheiro é fluxo!
dinheiro mal usado é igual agua contaminada
o dinheiro é mal usado quando ele tenta suprir uma falta, e mesmo assim o buraco da falta só aumenta; é isso que sustenta o capitalismo, o consumo que ilusoriamente preenche uma falta
o dinheiro que circula no fluxo da criação da vida, na potencialização da potência, fluirá entre todos; essa é a lei da abundância
o que importa é onde investimos os fluxos e não como os retemos
fluxos de agua, de dinheiro, de relações, de ações, de pensamentos…
reconhecer nossa escassez em todos os âmbitos, sem julgamento, sem justificativa, sem criticas, sem nega-la; e observar sua fluidez, e então sentir a abundância invadir o corpo, os pensamentos, as relações, agir com confiança na abundância e transmutar esse velho paradigma em fluxo!
o processo começa em cada um de nós!!!
18.10.15
ENCONTROS NO RIO DE JANEIRO, EM CURITIBA E FLORIANOPOLIS
em novembro e dezembro levaremos os processos que praticamos diariamente para o rio de janeiro, para curitiba e florianópolis
estaremos juntos, eu, marcelo e regiane praticando com os participantes, a incondicionalidade e a legitimidade, que é a base da mudança de paradigma na nossa perspectiva
a desqualificação da vida sustenta-se pela condicionalidade que vivemos desde nosso nascimento
esse é o desvio que estamos vivendo
vivemos uma anti-vida na condicionalidade, pois a vida é incondicional
amor condicional não é amor, é troca, é especulação, é comparativo, depende do julgamento...
amor é incondicional
a vida é incondicional
e nossa incondicionalidade está intacta em cada um de nós, é preciso desperta-la, ativa-la
e experienciar a vida viva
para informações completa acesse
http://www.amalaya.art.br/
nascemos em um momento histórico de um sistema que nos conduz a muitas estagnações e desconexões
mas em nenhum momento perdemos nossa incondicionalidade dos fluxos e suas transformações
mas em nenhum momento perdemos nossa incondicionalidade dos fluxos e suas transformações
a única coisa constante na vida é o seu movimento
toda estagnação impede a fluidez do movimento que constitui a vida em todos seus aspectos
nesses últimos anos temos criado juntos práticas que nos permitem descondicionar nosso modo de ser
nessas vivências de dois dias vamos compartilhar práticas de mudança de paradigma na vida cotidiana de cada um de nós
toda estagnação impede a fluidez do movimento que constitui a vida em todos seus aspectos
nesses últimos anos temos criado juntos práticas que nos permitem descondicionar nosso modo de ser
nessas vivências de dois dias vamos compartilhar práticas de mudança de paradigma na vida cotidiana de cada um de nós
estaremos juntos, eu, marcelo e regiane praticando com os participantes, a incondicionalidade e a legitimidade, que é a base da mudança de paradigma na nossa perspectiva
a desqualificação da vida sustenta-se pela condicionalidade que vivemos desde nosso nascimento
esse é o desvio que estamos vivendo
vivemos uma anti-vida na condicionalidade, pois a vida é incondicional
amor condicional não é amor, é troca, é especulação, é comparativo, depende do julgamento...
amor é incondicional
a vida é incondicional
e nossa incondicionalidade está intacta em cada um de nós, é preciso desperta-la, ativa-la
e experienciar a vida viva
para informações completa acesse
http://www.amalaya.art.br/
30.9.15
NINGUÉM SE SALVA SOZINHO!
é muito comum eu escutar que esse processo de mudança de paradigma é algo elitista
algo possível somente para quem tem condições sócio/economica/cultural privilegiada
eu afirmo que a mudança de paradigma é para todos
o paradigma que estamos vivendo é anti-vida
todos nós temos o mesmo direito inato com a mesma condição biológica/emocional/anímica de viver a favor da vida
talvez nem todos estejam com a possibilidade de iniciar esse processo agora, independente de seu status
isso não impede aos que sentem essa possibilidade, de iniciar seu processo de transmutação agora, porque certamente esse movimento irá ressoar e favorecer a todos
do mesmo modo que quando alguém fica doente o outro não ajudará em nada adoecendo junto
o que estiver sadio precisa dar conta do cultivo diário da vida, criando um ambiente saudável que irá favorecer muito aquele que está doente
ou alguém que tenha o dom de ser músico poderá sentir-se pleno ao tocar seu instrumento, mas ao olhar para o lado vai encontrar muitas pessoas sem o mesmo dom que não poderão sentir aquela mesma plenitude
esse músico não ajudará em nada os não-músicos por sentir culpa de viver sua plenitude
o músico precisa seguir seu caminho, seu desenvolvimento no cultivo diário de seu dom e isso irá contagiar todo um ambiente repleto de não-músicos
quem sente o buraco, o incomodo, a dor de viver em um paradigma anti-vida, precisa construir o cotidiano a favor da vida, cultivar a vida viva, desinvestir o modo anti-vida que está sustentando, transmutando o modo de pensar, sentir e agir a vida
certamente todos irão se beneficiar
ninguém se salva sozinho!
15.9.15
Não Haverá Encontro Nesta 5a feira, dia 17/09
Olá!
Nessa próxima quinta, dia 17/9 não teremos nosso encontro.
Dia 24/9, última quinta do mês, o encontro será a partir das 11h.
Mais informações escreva para anavidaativa@gmail.com
12.9.15
O QUE É UM PARADIGMA?
nascemos inseridos em um paradigma, onde pessoas que nasceram antes foram ensinadas ou criaram uma estrutura para um modo de vida que recebemos de herança ao nascermos; mas também somos criadores e perpetuadores de paradigmas
e o que é uma paradigma?
uma historinha clássica ajuda a entender como um paradigma se forma e se mantém:
um grupo de cientistas
colocou cinco macacos numa jaula,
em cujo centro puseram uma escada e,
sobre ela, um cacho de bananas
quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas,
os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão
depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancadas
passado mais algum tempo,
nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas
então, os cientistas substituíram
um dos cinco macacos
a primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram
depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada
um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro macaco substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato
um terceiro foi trocado, e
repetiu-se o fato
um quarto e, finalmente, último dos veteranos foi substituído
os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas
se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
“não sei, as coisas sempre foram assim por aqui”
não somos macacos, mas muitas vezes também agimos assim; quando algo está estabelecido, seguimos a ordem das coisas; o mecanismo que nos faz seguir o estabelecido é diferente da técnica dos cientistas da historinha acima; existem outros elementos além da punição, como a explicação, a recompensa e a ameaça; o fato é que qualquer que seja o estimulo que nos faz reproduzir o que não acreditamos, reproduzimos para ganhar algo com isso; seja reconhecimento; seja um salário; seja uma esperança; ou pode ser também por falta de energia física, mental ou emocional; ou uma fantasia; ou um medo; são muitas possibilidades e crenças para nos estagnarmos
a mudança de paradigma se dá quando partimos do zero ao desinvestir o preestabelecido; muito diferente de melhorar o paradigma já estabelecido, que nesse caso seria, tentar dar mais conforto para os macacos, ou criar uma explicação que justifique não subir na escada, ou premiar o macaco mais obediente, ou criar assembleias para discutir esse modo de vida, etc, etc
partir do zero é acreditar em outra estrutura de vida
para o paradigma da vida essa estrutura precisa ser viva e ativa
uma estrutura que se atualiza constantemente
onde a mudança e o movimento são constantes
por isso não proponho criar um novo paradigma
mas sim perceber o paradigma da vida que já está disponibilizado para nós
a possibilidade de viver a vida viva, autocriadora
isso já está em nós
o caminho de desaprender para nos surpreender com todas as mil possibilidades de viver essa vida
6.9.15
O FIM DA DESESCOLARIZAÇÃO!
esse sistema já assimilou a desescolarização
já é possível falar sobre isso a partir de um conceito, sem viver a experiência
ser ativista da desescolarização sem pratica-la é um dos indícios de que esse tema já está absorvido pelo velho paradigma
chamo de velho paradigma esse processo de desconexão que estamos vivendo
na escolarização vivemos um longo e continuo processo de desconexão, com a separação da mente e do corpo, a desqualificação das emoções, a mistificação da intuição, a desvalorização do ser
saímos do presente para vivermos de expectativas ou de ressentimentos
a desescolarização, na minha perspectiva, é um caminho para reconexão, para viver no presente
nesse velho paradigma só é possível viver desconectado
o desconectado que sabe sobre conexão, é simplesmente um ser desconectado que sabe sobre conexão
o saber, o conhecer, o falar, o ensinar, não é o caminho da conexão
para conectar é necessário pensar, sentir e agir de outro modo do qual fomos ensinados e treinados
por isso nos custa tanto abandonar esse velho paradigma que nos da garantias, controle, comodismo e muito mais, tudo de modo muito ilusório, pois seguimos sem garantias, sem controle e o comodismo é bem incomodo, mas mesmo assim gostamos da sensação de já conhecer esse sistema, e o conhecido também nos gera muitas vantagens
sempre que aparece algo que ameaça mexer com as estruturas do velho paradigma, como o movimento hippie, o feminismo, a sustentabilidade, a permacultura, o alimento orgânico, os conceitos quânticos, etc, etc, encontramos um modo de absorver sem mexer nas estruturas do velho paradigma, só vamos criando alternativas e não desinvestimos esse modo desconectado de ser
é isso que estou vendo acontecer com a desescolarização
esse processo de mudança de paradigma é muito radical mesmo, é seguir a vida de outro modo, com outra perspectiva, com outras praticas, outras experimentações
ser radical é ir para a raiz, fazer mudanças profundas
querer viver a desescolarização sem transmutar o paradigma é tornar-se extremista
ser extremista é se manter no mesmo paradigma mas querer que tudo seja diferente, que o mundo mude, que o sistema mude
essa é uma ilusão que não precisamos ter mais, a mudança é em cada um de nós
e ela está acessível para todos que queiram transmutar!
7.8.15
PROJETO AMALAYA
o projeto amalaya é a concretização física no tempo e espaço de nossas práticas de mudança de paradigma
mudar de paradigma é começar do zero
experienciar um outro modo de pensar, sentir e agir a vida
somos um grupo de pessoas que se encontra diariamente há mais de um ano para praticar, trabalhar, criar e arriscar
compartilhar esse processo faz parte da nossa prática, da nossa criação
ocupamos um lindo pedaço de terra em piracaia, um morro que por muitos anos foi maltratado pelo pasto
iniciamos com o reflorestamento de uma área, depois abrimos uma via de acesso, cavamos um poço de agua, fizemos algumas terraplanagens, e nesse momento estamos vivendo a construção de um lindo galpão de bambu, realizada por um artista inspirador, que servirá de área comum para muitos encontros, praticas e experimentações
faz parte do projeto amalaya os encontros abertos e gratuitos que realizamos todas as quintas, também os acampamentos para convívio e experimentações que também são abertos e gratuitos
a auto-sustentação de todos os envolvidos acontece com vivências e workshops que oferecemos aqui em piracaia e em outras cidades, com valores que variam conforme as necessidades
nesse momento queremos gerar fluxo financeiro para a continuação da construção dos espaços coletivos do projeto amalaya
a nossa próxima vivência será do dia 21 ao dia 23 de agosto, em são paulo, um encontro muito especial onde nossa egrégora amalaya irá criar praticas, reflexões e muitas ações com todos que participarão desse encontro. veja o texto com detalhes da vivência aqui
toda renda será destinada para as construções que servirão de base para muitos outros encontros, porque mesmo acreditando que o trabalho é em cada um de nós, certamente quando praticamos juntos, na semelhança ou na diferença, nossos processos são mais potentes e mais intensos
será uma grande alegria
mudar de paradigma é começar do zero
experienciar um outro modo de pensar, sentir e agir a vida
somos um grupo de pessoas que se encontra diariamente há mais de um ano para praticar, trabalhar, criar e arriscar
compartilhar esse processo faz parte da nossa prática, da nossa criação
ocupamos um lindo pedaço de terra em piracaia, um morro que por muitos anos foi maltratado pelo pasto
iniciamos com o reflorestamento de uma área, depois abrimos uma via de acesso, cavamos um poço de agua, fizemos algumas terraplanagens, e nesse momento estamos vivendo a construção de um lindo galpão de bambu, realizada por um artista inspirador, que servirá de área comum para muitos encontros, praticas e experimentações
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foto: Mirna Nóbrega |
faz parte do projeto amalaya os encontros abertos e gratuitos que realizamos todas as quintas, também os acampamentos para convívio e experimentações que também são abertos e gratuitos
a auto-sustentação de todos os envolvidos acontece com vivências e workshops que oferecemos aqui em piracaia e em outras cidades, com valores que variam conforme as necessidades
nesse momento queremos gerar fluxo financeiro para a continuação da construção dos espaços coletivos do projeto amalaya
a nossa próxima vivência será do dia 21 ao dia 23 de agosto, em são paulo, um encontro muito especial onde nossa egrégora amalaya irá criar praticas, reflexões e muitas ações com todos que participarão desse encontro. veja o texto com detalhes da vivência aqui
toda renda será destinada para as construções que servirão de base para muitos outros encontros, porque mesmo acreditando que o trabalho é em cada um de nós, certamente quando praticamos juntos, na semelhança ou na diferença, nossos processos são mais potentes e mais intensos
será uma grande alegria
5.8.15
VIVÊNCIA EM SÃO PAULO 21 a 23 de AGOSTO
ENCONTRO PARA PRÁTICAS DE MUDANÇA DE PARADIGMA
Educação – Relação – Produção de Vida
Realização: Amalaya – Ana Thomaz, Fabio Marcoff, Marcelo Michelsohn e Regiane Bataglini
Criamos duas oportunidades de encontro na
cidade de São Paulo para que possamos juntos compartilhar e vivenciar práticas
de mudança de paradigma.
1) Roda de Conversa: Nesse encontro vamos
compartilhar as práticas que sustentam nossos processos diários da vida sem
escola, mudanças de modo de vida e a construção da vida comunitária.
Sexta-feira – 21/08/2015
Horário – 19h as 22h
Valor: R$125 por pessoa* (Gratuita para quem fizer a
opção 2)
2) Vivência e Prática: Nesse encontro,
iremos vivenciar e praticar as possibilidades de mudanças de paradigma partindo
da realidade de cada participante, com foco na educação, nas relações e na
produção de vida.
Sábado e domingo – 22 e 23 de agosto de 2015
Horário: 10h as 18h
Valor: R$ 800 por pessoa* incluindo almoço e lanche da tarde
Local: Espaço Caçamba de Arte
Rua Muniz de Sousa, 517 (rua do
parque da Aclimação)
São Paulo
Informações e inscrições: marcelomichelsohn@me.com
Vagas limitadas
*Os recursos arrecadados serão utilizados
para a construção do Projeto Amalaya
4.8.15
PRATICA DAS QUINTAS
nessa quinta dia 6/8 voltaremos com nossos encontros para praticarmos juntos as mudanças de paradigma da nossa vida diária
o encontro acontece no sitio em piracaia e é aberto e gratuito, acontece das 16h as 18h e na ultima quinta do mês, a partir das 11h
para mais informações escreve para anavidaativa@gmail.com
o encontro acontece no sitio em piracaia e é aberto e gratuito, acontece das 16h as 18h e na ultima quinta do mês, a partir das 11h
para mais informações escreve para anavidaativa@gmail.com
16.7.15
14.7.15
ENCONTRO PARA PRATICAS, NO RIO!
aproveitando a temporada carioca, alem da segunda-feira no catete, 92, vamos ter um encontro de dois dias para praticas.
segue informações:
Vivências e praticas Educacionais
A educação do século XXI e seus paradigmas.
Estamos vivendo uma grande transição como adultos nos dias de hoje, pois fomos criados de um jeito e temos o desejo de criar as crianças com um outro modo de pensar, sentir e viver a vida.
Essa transição precisa acontecer dentro de nós, pois não será possível seguir fazendo o mesmo que aprendemos e querendo ensinar outro modo de vida para as crianças.
Claro que houve muita coisa boa na educação do século XX, mas também foi o momento onde houve a maior medicalização das crianças na fase escolar da historia da humanidade. Do final do século XX até os dias de hoje, encontramos uma grande resistência das crianças e adolescentes em relação a escola e ao mesmo tempo pais perdidos em relação a dar limites versus amor e atenção aos filhos, e educadores repensando suas relações com seus alunos.
Nos últimos 20 anos venho me dedicando a pensar e vivenciar novos modos de desenvolvimento humano nas instituições educacionais e nas famílias.
Nessa vivência de duas noites, vamos compartilhar praticas e os outros rumos para uma educação plena e potencializadora da vida.
data: quarta 22/7 e quinta 23/7
horário: das 18h30 as 21h30
local: Sede do Instituto ThetaHealing Brasil
Travessa Carlos de Sá, 10
Catete - Rio de Janeiro
Valor: 260 reais
inscrições e mais informações: anavidaativa@gmail.com
inscrições e mais informações: anavidaativa@gmail.com
13.7.15
CATETE 92
na proxima segunda-feira, no dia 20-07, vamos ter um encontro aberto na simpatica casa numero 3 da rua catete, 92 - rio de janeiro.
o projeto Catete 92 é uma casa acolhedora que facilita encontros informais e inspiradores.
vamos falar sobre praticas de mudanças de paradigma, sobre desescolarização e sobre tudo que nos inspira.
a conversa será das 18h as 21h e é aberta a todos os interessados.
tragam sua contribuição financeira para o Catete 92, uma casa que funciona com as contribuições dos eventos que acontecem nele.
bate-papo
segunda dia 20-7-15
rua do catete, 92 (proximo ao metro do catete)
casa numero 3
das 18h as 21h
será uma alegria!
o projeto Catete 92 é uma casa acolhedora que facilita encontros informais e inspiradores.
vamos falar sobre praticas de mudanças de paradigma, sobre desescolarização e sobre tudo que nos inspira.
a conversa será das 18h as 21h e é aberta a todos os interessados.
tragam sua contribuição financeira para o Catete 92, uma casa que funciona com as contribuições dos eventos que acontecem nele.
bate-papo
segunda dia 20-7-15
rua do catete, 92 (proximo ao metro do catete)
casa numero 3
das 18h as 21h
será uma alegria!
12.7.15
MUDANÇAS POR TODA PARTE!
lia raquel me mandou um email se apresentando e perguntando sobre a possibilidade de nos encontrarmos durante um final de semana para conversarmos.
disse que teríamos um acampamento e que ela seria muito bem-vinda.
ela disse que nunca havia acampado antes, pediu algumas informações e decidiu vir.
foram mais de 10 horas de viagem de ônibus, e quando chegou na cidade, por sorte encontrou uma carona com alguém que também estava vindo acampar.
chegou essa simpática mulher, de cabelos brancos, estatura baixa, olhos brilhantes e sorriso fácil.
se aventurou a montar a barraca emprestada pela primeira vez e foi se juntando ao grupo.
um mês depois do acampamento eu recebo o email e as fotos abaixo relatando suas novas aventuras.
compartilho aqui essa inspiração.
sabendo que não foram alguns dias de convívio que a fez gerar todo esse movimento, mas sim algo que ja estava dentro dela e que ela decidiu dar atenção.
Querida Ana...
Ver seu vídeo Desescolarização desencadeou em mim um tsunami...
Tinha antecedentes...alguns documentários já haviam me estremecido: Escolarizando o Mundo, Educação Proibida, Quando sinto que já sei...
Achei o http://anathomazblogspost.com.br e o seu e-mail. Entrei em contato e fiquei aguardando o acampamento, que chegou em menos de 3 meses...
Nunca havia acampado...as orientações eram uma incógnita que de inicio suspeitei ser brincadeira, mas era sério e eu não conseguia desistir. Mil coisas se ajustando pra viabilizar essa ida e na véspera o carro quebra em outra cidade e não ficou pronto, me arranjei como pude com bagagem e fui de ônibus. Nove horas... só até Campinas; as primeiras foram de pura contemplação, mas nos últimos minutos uma antiga crise de pânico veio conferir minha vontade...respirei fundo, conversei com a razão, ratifiquei posição e segui em frente.
Encontrar carona no mercado foi uma luz. No acampamento tudo era estranho e novidade. Fiquei vendo e sentindo o que me chegava: o local, as pessoas, os alimentos, o Tethahiling, a fogueira, o céu, a barraca, o clima, a energia de tudo isso.
Dormir na barraca foi um desafio pela umidade e frio. Mas ver o dia amanhecer, voltar ao local da fogueira, estar no Morro com aquela paisagem, foi aconchegante. Assim como o gesto do Marcus de emprestar o colchão e edredon, ou da mãe da Sasha me convidar para dormir no quarto; ou os pequenos pedirem pra eu ler os nomes indicados nos Atlas. Enfim, o convívio foi desvelando generosidades, levezas, alegrias, descobertas de mim.
Na hora de ir embora conversando com a Ana fui dizer de algo que me incomoda nas creches da cidade que moro e no ato percebi minha responsabilidade nisso. O trem estava descarrilado... Percebi que me incomodava mais do que pensava porque tinha de mim. As educadoras dão atividades em papel para crianças a partir dos 3 meses, tem até portfolio. Eu acusava as educadoras...Dou aula na única faculdade de pedagogia dessa cidade há 15 anos, sou formadora dessas educadoras, se não diretamente, mas de opinião. Não me posicionei inteira sobre o assunto até então. Isso me fez rever tudo na minha profissão. Cheguei de Piracaia na segunda-feira à meia-noite e meia, as sete estava em Castilho com meus alunos deficientes e a noite na faculdade. Andando pelo corredor mil pensamentos na mente. O que vou fazer em sala de aula? Entrei e os alunos teriam de expor atividades práticas de matemática e estava tudo pronto, menos eu. Olhava para eles e eles me olhavam, de repente o silêncio ficou demais e eu disse que não tinha condições de dar aula, que tinha chegado de um Acampamento com pais que não colocam os filhos na escola, que vivi experiências incríveis, e que descobri que não sei nada e que meu doutorado serviu só para eu ler legendas de um Atlas para umas crianças de 4 anos...ficaram me olhando e perguntaram se tinha foto. Mostrei as fotos que eu tinha...de barracas ao amanhecer e do morro...Me pediram para eu levá-los a Piracaia. Eu achei que eles não tinham escutado direito e disse meio brava que passaria o e-mail da Ana e quem quisesse entrasse em contato. Falei que iria embora e quando me preparava para sair um grupo pediu: - acampa com a gente! Eu lhes respondei: Onde é que vou acampar com vocês? Eu não tenho nem casa própria! E foram falando e arrumando possibilidades e eu ri e fui saindo. Mas eu ouvi aquele pedido. No outro dia entrei em contato com um amigo que tem um sitio e que tinha sonhado comigo nesse sitio com várias pessoas acampando. Chutei e contei a história e ele aceitou...e já aconteceram dois acampamentos. O primeiro somente com alunos no dia 30 de maio e o segundo dia 04 de julho participou também uma professora de 70 anos e 4 pessoas de outra cidade que não são meus alunos mas souberam e quiseram participar.
As aulas também não foram mais as mesmas nem na faculdade nem na sala de recurso. Mudou o tempo, o ritmo, o conteúdo, a avaliação, a busca pelo conhecimento e a fonte. Mudou a professora.
Além das aulas, nos finais de semana vou a casa dos alunos da sala de recurso, passando o dia com eles; as vezes levando outros alunos junto, compartilhando serviços, refeições, brincadeiras. A agenda está repleta de visitas e solicitações. Até família de ex alunas da faculdade tenho visitado. Essas visitas são em assentamentos, sítios, fazendas.
3.7.15
ACAMPA PIRACAIA JUNHO!
tivemos nosso segundo acampamento onde mais uma vez nos encontramos para conviver
toda vez que eu participei de algum congresso e similares, sempre escutei dizer que o mais rico e importante são os encontros entre as pessoas que atendem a esses congressos, mas como o tempo todo está preenchido de atividades, esses tais encontros tão importante acontecem nos 15 minutos de coffee-break, assim como o recreio escolar...
por isso nosso acampamento não teve nenhuma programação, para dar todo espaço e tempo ao mais importante, o encontro entre as pessoas
alem da não programação, também não tivemos combinados, nem regras preestabelecidas, etc,
e mais uma vez vivemos dias de harmonia e trocas entre as 100 pessoas que passaram por la durante os 4 dias de acampamento
as conversas foram inspiradoras, as comidas maravilhosas, as crianças cheias de vida e confiança...
o frio foi aquecido por noites de fogueiras e cantorias
agradeço imensamente a todos que participaram, que alem de tudo me ajudaram a passar por um momento tão intenso com o processo das feridas e com a pouca mobilidade que eu estava
recebi muitas bênçãos e curas, alem dos cuidados diários nos curativos, tudo com muito amor
o melhor lugar com as melhores pessoas para viver esse processo que ainda me acompanha mas claramente caminha para seu desfecho
sempre termino esses encontros com a vontade de viver em comunidade!
aproveito para informar que no mês de julho não teremos atividades e encontros no sitio
assim que possível irei atualizar aqui no blog os encontros que voltarão a acontecer a partir de agosto
deixo aqui duas fotos enviadas por thiago e diogo
toda vez que eu participei de algum congresso e similares, sempre escutei dizer que o mais rico e importante são os encontros entre as pessoas que atendem a esses congressos, mas como o tempo todo está preenchido de atividades, esses tais encontros tão importante acontecem nos 15 minutos de coffee-break, assim como o recreio escolar...
por isso nosso acampamento não teve nenhuma programação, para dar todo espaço e tempo ao mais importante, o encontro entre as pessoas
alem da não programação, também não tivemos combinados, nem regras preestabelecidas, etc,
e mais uma vez vivemos dias de harmonia e trocas entre as 100 pessoas que passaram por la durante os 4 dias de acampamento
as conversas foram inspiradoras, as comidas maravilhosas, as crianças cheias de vida e confiança...
o frio foi aquecido por noites de fogueiras e cantorias
agradeço imensamente a todos que participaram, que alem de tudo me ajudaram a passar por um momento tão intenso com o processo das feridas e com a pouca mobilidade que eu estava
recebi muitas bênçãos e curas, alem dos cuidados diários nos curativos, tudo com muito amor
o melhor lugar com as melhores pessoas para viver esse processo que ainda me acompanha mas claramente caminha para seu desfecho
sempre termino esses encontros com a vontade de viver em comunidade!
aproveito para informar que no mês de julho não teremos atividades e encontros no sitio
assim que possível irei atualizar aqui no blog os encontros que voltarão a acontecer a partir de agosto
deixo aqui duas fotos enviadas por thiago e diogo
25.6.15
SER OU TER!
uma amiga querida me pergunta ``agora que sabemos, o que fazemos da nossa vida, da nossa existencia?``
um caminho a seguir será estar mais atento ao SER do que ao TER
o problema é que com o nosso distanciamento do SER desde a mais tenra infância, confundimos muito e acabamos investindo no TER mesmo querendo SER
pensamos assim
eu SOU mãe - e invisto em TER filhos
eu SOU artista - e invisto em TER uma profissão
eu SOU maria - e invisto em TER um nome
eu SOU discípulo - e invisto em TER um mestre
eu SOU um mestre - e invisto em TER discípulos
eu SOU alto - e invisto em TER um padrão corporal
eu SOU medrosa - e invisto em TER medo
eu SOU uma boa pessoa - e invisto em TER reconhecimento e aceitação
eu SOU saudável - e invisto em TER saúde
eu SOU um ativista - e invisto em TER confrontos
eu SOU religioso - e invisto em TER uma religião
eu SOU inteligente - invicto em TER conhecimento
etc, etc, etc
o SER não é TER uma referencia, uma aparência, uma profissão, um nome, uma devoção, uma pratica, uma função, um ideal…
assim o SER será somente um funcionário do TER, obedecerá regras, jogará o jogo pre estabelecido, precisará de leis, de comando, de ordem, de punição, de reconhecimento, de recompensa, de significado, de metas, de controle, de segurança, de garantia…
então o que é o SER?
o SER é o SER da potência
o SER da criação
o SER que se auto produz e que se cria constantemente
o SER que é responsável pela realidade que vive
o SER do inédito, que pode TER muitas coisas mas não cai na ilusão e no comodismo de TER, e continua o encontro com o SER
o SER que é composto por muitos fluxos onde alguns fluem, outros estagnam-se, e que estão sempre em transformação com a relação
o SER do mundo próprio que relaciona-se constantemente com o meio ambiente
o SER da relação
o SER em criação
é isso que precisamos aprender a acessar, ja que nascemos com esse acesso, mas que desde nosso nascimento aprendemos a desinvestir esse caminho do SER e batalhamos para que nossa vida TENHA sentido
a vida do SER não precisa TER sentido, a vida do SER é legítima e incondicional
e como viver isso no cotidiano?
reaprendendo a viver no presente, no aqui e agora
deixar de investir em ideais, na esperança de que um dia tudo vai melhorar, nos planos, na especulação…
investir no sentir, nas percepções, na intuição, no vazio da mente que nos coloca em contato com as mil possibilidades
agir com coragem - ação do coração
medite diariamente, esvazie a mente, entre em contato com o SER, torne-se o SER
mas não se iluda porque voce poderá simplesmente TER uma pratica de meditação
e o que precisamos é SER a meditação
23.6.15
RELAÇÕES INTIMAS!
depois da noite transmutadora que vivi, contada no post anterior, começaram a sair feridas pelo meu corpo, elas inflamaram, infeccionaram…
comecei a perceber que estava em um processo de limpeza, provavelmente me intoxiquei com algum alimento, mas sei que o que vem de fora só se desenvolve caso haja um campo propicio interno, me dou conta que meu corpo está totalmente ácido e começo a pensar o que deixaria um corpo ácido sem que se tenha mudado a alimentação, e compreendo que
as emoções podem acidificar o sangue…
tento entrar em contato com que emoção está me acidificando,
descubro uma tristeza…
lembro-me do filme do sebastião salgado e de sua história onde de tanto ver cenas tristes e entrar em contato com a morte seu corpo produziu uma doença auto-imune que foi gerando uma auto destruição…
penso nas tantas histórias tristes que me contam pessoalmente, por email, por telefone, as histórias que vivi, como a necessidade de encerrar o processo da escola rural que estava indo tão bem mas a nova direção da escola falou claramente que acima do interesse na educação estava o cumprir as leis e tomaram varias atitudes que demonstraram claramente que as leis não estão preocupadas com a educação de crianças reais,
que tristeza;
outras histórias de pessoas que estão se sentindo perdidas com seus filhos, com suas escolhas, crianças sendo medicadas, pessoas completamente desconectadas,
adultos totalmente infantilizados…
nas minhas observações começo a reconhecer o ódio que os pais sentem por seus filhos, sei que a palavra é forte, mas é isso mesmo, ódio que aparentemente caminha lado a lado com o que chamamos de amor, mas o oposto do amor não é o ódio e sim a condicionalidade,
pais condicionam seus filhos e se eles não correspondem geram em seus pais
uma impotência, uma frustração, um ódio...
e quando se arrependem ou sentem seus filhos correspondendo às suas condicionalidades
sentem piedade, isso sim é o oposto do ódio…
pais irônicos com seus filhos, que desqualificam seus desejos e pensamentos cada vez que os filhos não correspondem suas expectativas, pais que sentem vontade de bater, de castigar, de se vingar disfarçado na ideia de que está educando aquela criança para o convívio social,
pais que acham bom a criança aprender desde cedo que a vida é sofrida e que é preciso ser forte, e acreditam que ser forte é ter poder sobre os outros,
outro dia uma mãe reclamava por achar sua filha muito boazinha, tinha pena da menina prevendo que em um mundo tão cruel sua filha iria sofrer muito,
e que ela precisaria ensinar a filha a
ser mais egoísta e mais vingativa…
essa semana também ouvi uma mãe adotiva dizer que estava decidida a entregar seu filho, pois queria deixar de ser mãe dele, certamente ele não correspondia aos seus ideais de mãe que sonhou e desejou há 10 anos,
ao adotar essa criança…
a tristeza também se apresenta na fantasia idealizada,
famílias que estão vivendo a infantocracia, seus filhos são o centro da família e toda dedicação e sacrifício é para cria-los para serem pessoas felizes, uma expectativa pesada demais para qualquer criança carregar, tanta dedicação ainda custará muito para essas crianças/adultos…
também vejo entre os casais um ódio que se apresenta quando um deles tem o prazer de desqualificar o outro na frente dos amigos, em forma de piadas, de discussões ou até em brigas,
e sabe-se lá o que acontece em suas intimidades…
sem duvida eu estou muito ácida!
mas depois de reconhecer tudo isso, decidi limpar essa tristeza de dentro de mim,
e aprender com esse processo o que realmente importa
tudo isso está me trazendo uma clareza para a preparação para viver uma vida mais comunitária pois é o que muita gente tem procurado para poder
criar seus filhos como diz o ditado
“para criar uma criança é necessário uma aldeia’’,
pois bem, se queremos viver em comunidade, em aldeia, em tribo, em comunhão, etc, etc, etc, antes de mais nada é preciso rever as relações íntimas, com aqueles que se tem a liberdade de revelar o nosso pior, a relação com o/a companheiro/a, com os filhos/as, com os pais, e principalmente consigo mesmo,
e só quando essas relações forem
saudáveis, harmoniosas, respeitosas e
incondicionais,
estaremos prontos para arriscar o próximo passo e nos lançarmos para
a verdadeira vida comunitária…
senão continuaremos na ilusão de que o ambiente externo irá nos possibilitar
a transformação que tanto ansiamos…
é com as feridas abertas na pele, sentindo a desintoxicação,
com todos os seus incômodos e inspirações
que digo que o processo é antes de mais nada
em nós mesmos…
que venha a saúde da existência,
no físico, nas emoções, nas relações, na alma
deixando surgir o ser da potência em cada um de nós
14.6.15
ENTRE A IMORTALIDADE E A REPRODUÇÃO - CAOS E HARMONIA
a noite passada vivi uma experiência transmutadora...depois de ajudar as meninas a dormirem, fui para meu quarto e comecei a sentir calafrios, rapidamente coloquei um pijama quente e me enrolei em cobertas, os calafrios foram se transformando em um frio profundo nos ossos, tremia tanto que temia ter uma convulsão, o frio estava insuportável e o mal-estar aumentava, o marido em são paulo incomunicável em um set de filmagem, decidi ficar lúcida, mantive a calma com a respiração profunda e tranquila, e a tremedeira piorava, as dores nos ossos, enjoo, o corpo todo contraído, frio que eu nunca havia sentido antes, precisava de ajuda e logo pensei em uma cena do filme lucy*, alcancei o laptop e coloquei o filme, primeira frase do filme
"a vida nos foi dada a um bilhão de anos, o que fizemos com ela?"
...enquanto o assistia fui vivendo muitas transformações, depois de um período de frio meu corpo começou a esquentar, a esquentar muito, senti a pele queimando, não suava, continuava totalmente coberta, e o calor aumentando...estava mais atenta a parte cientifica do filme do que a ficção, escuto o cientista dizer que as células de qualquer ser vivo tem dois caminhos, o da imortalidade e o da reprodução, quando o meio ambiente está em harmonia as células escolhem reproduzir, quando o mundo está em caos elas escolhem a imortalidade, ou seja, a autogestão, logo pensei em todas as experiências de autossuficiência que estamos vendo muitas pessoas experimentarem, como o desejo de plantar o que come, ou até de viver de luz, outros estão vivendo a auto cura, alguns construindo a própria casa, muitos saindo da vida "segura" se desvinculando de instituições e indo atras do desconhecido, outros em processos xamanicos, muitas comunidades surgindo...me parece que já estamos sabendo aproveitar o caos...estamos reconhecendo que ainda não sabemos o que podemos, até onde pode chegar o ser humano e o que acontecerá se desbloquearmos os fluxos de conexões para ampliarmos a potência, cada um a seu modo tem procurado o caminho da autopoiese, da auto construção nas relações...o filme seguia e as sensações no corpo cada vez mais intensa mas já sem incômodos (pois perto do que vive lucy)...volto a pensar no dia a dia e reconheço que por outro lado ainda existe muita destruição em nossas ações cotidianas, no modo como nos alimentamos, como nos relacionamos, como nos movimentamos...estamos criando a destruição por isso nossas células estão escolhendo acessar a possibilidade da imortalidade, muito sedutor a ideia de nos tornarmos imortais, porem o preço é alto, um grande paradoxo, para a imortalidade acontecer precisamos viver em caos, pois no equilíbrio e harmonia nossas células escolherão a reprodução onde passaremos adiante nossa aprendizagem e conhecimento, morreremos e seguiremos nosso processo (não sei como nem onde)...isso é um convite para fazermos as pazes com a morte e reconhecer sua participação essencial na vida harmoniosa...lucy encontra a plenitude ao acessar 100% das conexões de seus neuronios, cada ser humano tem 100 bilhões de neuronios disponíveis para conexões, dizem que estamos nos 15% de liberação de nossas conexões, temos um bom caminho pela frente...os bloqueios estão na separação, acreditamos que somos uma pequena parte da nossa potência, chamamos essa pequena parte de "eu" e assim treinamos essa separação, aprendemos a super valorizar a mente e a colocamos em um lugar de ilusão e ficção, criamos uma identidade, uma individualidade, acreditamos nessa redução da existência, essa é a ilusão...o caminho para o todo pode ser o desinvestimento dessa separação, dessa ilusão, esvaziar para que a mente volte a seu lugar e se componha com outros fluxos para que o todo surja, e o vazio seja nosso estado diário, para que nesse vazio os fluxos possam criar conexões...o vazio de cada um de nós é único e singular, legitimo e incondicional para a construção nessa terra...bem vinda as transmutações físicas, emocionais, corporais...que venha a lucidez de aproveitar o caos pois dele surgira a harmonia que voltará a produzir caos e poderá nos levar a harmonia, essa é a dinâmica da vida...frase final do filme
"a vida nos foi dada um bilhão de anos, agora sabem o que fazer com ela"
...o filme termina e já me sinto muito melhor, vou ao banheiro, vejo meus olhos vazios, mas cheios de vida, acho graça, volto para o quarto, olho a hora, 2:22, sinto a perfeição do tempo, e durmo no abandono da confiança...
*lucy - filme de luc bresson (não fuja do filme por conta da violência que ele contem, ela pode ser vista como analogia da violência que cometemos diariamente nessa produção de mundo caótico que ajudamos a construir)
20.5.15
AMALAYA
vivemos nosso primeiro acampamento em AMALAYA - piracaia onde mais de 50 pessoas entre adultos e crianças estiveram presentes durante os 7 dias em que convivemos intensamente
não haviam regras pre-estabelecidas de convívio, nem no preparo do alimento, nem para lavar louça, nem para cuidar das crianças, nem para atividades...
no velho paradigma sentimos a necessidade de criar acordos, combinados e estabelecer relações de igualdade para podermos viver em harmonia
no paradigma da vida existe a confiança na construção de nós mesmos nas relações
assim o convívio é sempre um presente, uma oportunidade, um encontro com nós mesmos
e o que vivemos foi uma semana de muita harmonia, leveza e alegria em estarmos juntos
agradeço imensamente a todos que participaram e a todos que não puderam ir mas que vibraram para que nosso encontro acontecesse plenamente
o próximo será entre os dias 25 e 28 de junho
seguimos com os encontros as quintas das 16h as 18h e toda ultima quinta do mês das 11h as 18h
os próximos encontros serão em piracaia
para maiores informações entre em contato por email
anavidaativa@gmail.com
imagens de nossa terra - amalaya*
*nossa tradução de amalaya - expressão indígena de um povo que vive entre argentina e chile que pode significar: ¨onde os milagres se realizam!¨
não haviam regras pre-estabelecidas de convívio, nem no preparo do alimento, nem para lavar louça, nem para cuidar das crianças, nem para atividades...
no velho paradigma sentimos a necessidade de criar acordos, combinados e estabelecer relações de igualdade para podermos viver em harmonia
no paradigma da vida existe a confiança na construção de nós mesmos nas relações
assim o convívio é sempre um presente, uma oportunidade, um encontro com nós mesmos
e o que vivemos foi uma semana de muita harmonia, leveza e alegria em estarmos juntos
agradeço imensamente a todos que participaram e a todos que não puderam ir mas que vibraram para que nosso encontro acontecesse plenamente
o próximo será entre os dias 25 e 28 de junho
seguimos com os encontros as quintas das 16h as 18h e toda ultima quinta do mês das 11h as 18h
os próximos encontros serão em piracaia
para maiores informações entre em contato por email
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imagens de nossa terra - amalaya*
*nossa tradução de amalaya - expressão indígena de um povo que vive entre argentina e chile que pode significar: ¨onde os milagres se realizam!¨
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